sexta-feira, 6 de julho de 2007

Planejamento Latinoamericano


Por: Felipe Gadelha*

O saldo na balança comercial brasileira mostra-se forte, porém em declínio contínuo acompanhado da valorização da moeda nacional, vindo a contribuir com o fim do ganho pecuniário da moeda sobredesvalorizada no comércio internacional.

O ganho rápido e contínuo de credibilidade internacional está associado ao sucesso da política econômica do Ministro da Fazenda e da liberdade e autonomia proferida ao Banco Central. No entanto, é de relevância anteciparmos os problemas comerciais que a credibilidade, moeda forte e crescimento econômico possa nos imputar.

De imediato, temos que superar as traumáticas e históricas negociações com osnossos vizinhos e minimizar a atuação dos blocos de pressão externos e internospara o sucesso do Bloco Econômico Sul-americano. Cujas desavenças podemdesencadear um processo de rancor histórico e naufrágio de um plano dedesenvolvimento de centro-esquerda arquitetados por nosso representante, Lula, eos líderes circunvizinhos.

O desenvolvimento econômico e social almejado por nós latino-americanos, passa por decisões econômicas nacionais que transbordam as fronteiras. A discussão do crescimento brasileiro, projetado e proferido pelo segundo mandato do presidente, passa pelo ganho de competitividade e produtividade dos brasileiros, mas também de nossos vizinhos.

Desta forma, a industrialização e modernização brasileira deve estar acompanhada
da modernização vizinha, antes que possam ocasionar quebras estruturais
setoriais, ou seja, que barganhas setoriais possam ocasionar mudanças nas regras
tarifárias prejudicando negócios (complementares) pujantes para os países
envolvidos.

Estas negociações suavizam e estabelecem novos patamares de riscos políticos para investimentos estrangeiros, em especial, ao capital internacional latino-americano, capital que fortalece o bloco, compartilha experiências, une os povos e reduz as disparidades.
Pensar a América Latina é pensar grande, é aumentar a consciência produtiva eunião dos povos contra a miséria.

* Felipe Gadelha é mestre em economia pelo Cedeplar/UFMG, consultor financeiro do Hospital João XXIII e Rádio Cidade Esperança, Professor da Facisa e Produtor Rural.
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