Ano de riscos

O Brasil mostrou-se muito otimista quanto ao seu futuro próximo. A bolsa liderou a lista das maiores rentabilidades, apesar do baixo ritmo de crescimento, fenômeno relacionado com a percepção de aterrissagem da economia norte-americana aqueceu os mercados periféricos.
Se as expectativas do desaquecimento da economia estadunidense se consolidam, ao lado da redução do risco Brasil, a aterrissagem aqui passa a ser de investimentos. Quando a política de redução da taxa de juros do governo mostra-se fortalecida, a tendência é que haja um procura maior por investimento de risco (maior remuneração), onde encontrar? Na Bolsa.
2007 deve ser um ano favorável ao investimento privado, aumentando a liquidez e força dos grandes grupos econômicos brasileiros, principalmente os que atuam no Nordeste, região mais promissora para novos negócios.

"Quem manda na política econômica sou eu", diz Lula a comissão de petistas.

Espero que só o PT acredite na afirmação do presidente. Em mais uma cruzada pelo poder, o partido dos trabalhadores trabalha a demissão do Meirelles, mas não dizem o que irão fazer.
Segundo o Valor Econômico, Jilmar Tatto (PT-SP) acredita que "a substituição de Meirelles seria um bom sinal de que o futuro será diferente" - diferente como?
Seria essa reivindicação apenas "boi de piranha" para o presidente entrar na eleição da presidência da câmara e evitar que liberais (PFL) e comunistas (Aldo Rebelo) se unam e eleve novamente o custo da governabilidade?
É o "custo da democracia" avariando o desempenho econômico.