quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Brasil e a guerra (nada fria) dos EUA contra a China

Esta semana saiu na Reuters uma notícia de que a China e sua voracidade por recursos naturais estão virando a Austrália de cabeça para baixo, dado o grande ritmo de importação dos recursos australianos pela China. Nada surpreendente quando a China e outros países periféricos estão realmente mudando a pirâmida social internacional, mas completamente surpreendente foi a colocação de que o interesse chinês era o de se obter o status de superpotência econômica.

Abaixo da matéria ressalta outra grande preocupação recente acerca da soberania e segurança nacional. Uma chamada ressalta que um pacto de segurança trilateral entre Índia, Austrália e Estados Unidos, criando uma base naval americana em território australiano.

O cerco militar americano sobre a China tem me chamado atenção há um bom tempo, desde a invasão do Afeganistão, ressaltado pelo assassinato não visto de Osama Bin Laden no Paquistão, que se tornara para mim, mera desculpa para controlar os países da fronteira oeste chinesa.

Os EUA querem controlar as fontes de recursos naturais e energéticos da China.

O desrespeito à soberania na Líbia, no Yemen, no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão, no Irã e o entreguismo da Índia e Austrália, revela que parceiros comerciais importantes da China estão sob suspeita. Desta forma, todo parceiro da China pode se tornar mal visto por parte dos EUA.

No caso do Brasil, temos uma dicotomia, nossas exportações têm a China como nosso principal parceiro, porém temos os EUA como nossa maior origem de produtos importados. Ou seja, estamos beneficiando os EUA. Caso a balança de importação se reverta, corremos sérios riscos de uma “solicitação” de implantação de uma base militar, ao risco de termos nossas cidades bombardeadas como acontecera recentemente na Líbia.

Estamos num estágio de desenvolvimento e uma transformação mundial para a multipolaridade que os EUA rejeitam e não poupam esforços em fazer a melhor para destruir nações mundo afora. Por isso,

defendo a necessidade de começar um novo plano de política bélica-armamentista coordenada com nossos vizinhos, para que não se sintam ameaçados, e nossos maiores parceiros comerciais para obtenção de respaldo internacional (ONU – Rússia e China)
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Defender a Palestina, não é tarefa fácil.


Por: Felipe Gadelha

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Flutuação Cambial e Estabilidade de Preços

Ultimamente, setembro e outubro de 2011, a taxa de câmbio vem apresentando fortes oscilações, cuja origem vem sendo tratada como a crise financeira européia, tendo a Grécia como maior culpada. Explicar o encadeamento de uma economia pequena para todo o mundo é tema de grandes discussões midiáticas, mas a minha maior preocupação reside na sintomatologia desta crise no Brasil.


Existe pertinência para que uma crise cambial promova mudança estrutural na taxa de câmbio (R$/US$)? Desta forma gostaria de me ater à especificidade brasileira da flutuação cambial. Existe motivos para tanta volatilidade? Em um mês, a taxa que rondava 1,50 a 1,60 com intervenções contra a queda do BCB, agora flutua em 1,90 com intervenções à favor da redução das taxas.


Inevitavelmente, como em todas as flutuações cambiais (e de preço), abre-se uma forte e tradicional discussão sobre proteção contra importados e redirecionamento da produção para a exportação, ambas impactando fortemente os preços em favor da inflação (neste caso).


O caso mais grave, vem então, em assumir que a inflação será controlada pela própria expectativa de recessão. Neste caso, prever a recessão é torcer para que aconteça. A reviravolta vem exatamente do relaxamento no regime de metas de inflação.


Precisamos demonstrar maior seriedade para o cumprimento das metas de inflação e retomar a credibilidade, sem apostas contra o crescimento mundial, falar em não controlar a inflação porque a crise o fará é assumir que o Brasil será afetado pela crise e romperá a nossa trajetória de crescimeto.

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