terça-feira, 4 de outubro de 2011

Flutuação Cambial e Estabilidade de Preços

Ultimamente, setembro e outubro de 2011, a taxa de câmbio vem apresentando fortes oscilações, cuja origem vem sendo tratada como a crise financeira européia, tendo a Grécia como maior culpada. Explicar o encadeamento de uma economia pequena para todo o mundo é tema de grandes discussões midiáticas, mas a minha maior preocupação reside na sintomatologia desta crise no Brasil.


Existe pertinência para que uma crise cambial promova mudança estrutural na taxa de câmbio (R$/US$)? Desta forma gostaria de me ater à especificidade brasileira da flutuação cambial. Existe motivos para tanta volatilidade? Em um mês, a taxa que rondava 1,50 a 1,60 com intervenções contra a queda do BCB, agora flutua em 1,90 com intervenções à favor da redução das taxas.


Inevitavelmente, como em todas as flutuações cambiais (e de preço), abre-se uma forte e tradicional discussão sobre proteção contra importados e redirecionamento da produção para a exportação, ambas impactando fortemente os preços em favor da inflação (neste caso).


O caso mais grave, vem então, em assumir que a inflação será controlada pela própria expectativa de recessão. Neste caso, prever a recessão é torcer para que aconteça. A reviravolta vem exatamente do relaxamento no regime de metas de inflação.


Precisamos demonstrar maior seriedade para o cumprimento das metas de inflação e retomar a credibilidade, sem apostas contra o crescimento mundial, falar em não controlar a inflação porque a crise o fará é assumir que o Brasil será afetado pela crise e romperá a nossa trajetória de crescimeto.

Nenhum comentário:

Powered By Blogger