sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Forçado?

Segundo o deputado estadual, Lindolfo Pires, "o governador foi forçado a tomar tal medida. Nenhum governante de bom alvitre faria isso se não fosse extremamente fundamental para a sobrevivência de toda a máquina administrativa", referindo-se à recente leva de servidores estaduais demitidos.
Concordando que nenhum governante faria isso se não fosse extremamente fundamental venho questionar quem, como e quando fora criada a necessidade da ação. Essa ação em prol da sobrevivência financeira do Estado, foi necessária, pois a herança não lhe era saudável.
Ficou explícito, no entanto, que a herança foi fruto da reeleição, basta contabilizarmos as contratações realizadas no ano eleitoral frente aos demais anos.
O excesso de coleguismo não pode exceder a razão. Tudo será resolvido, sem pieguices ou bajulação, será resolvido. A ajuda que o governador precisa hoje é de retirar o caso da mídia, contornar a parte jurídica. O governador logo deixará claro que o assunto apareceu, mas não foi para criar mídia para seus parceiros.
Como será que forçaram o governador a contratar e demitir? Se alguém o forçou, esse alguém foram os correligionários que não abraçavam a causa política, mas atuavam como mercenários em busca de cargos para conseguir votos. No fim, quem forçou tudo foi a população que adotou a prática como normalidade eleitoral e tornaram-se mercenários eleitorais.
Envergonhem-se de si, depois procurem colocar a culpa em alguém.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acreditar nessa "leva" de servidores demitidos se torna difícil. Ainda creio que haverá readmissão do mesmo número ou mais de servidores.
Entretanto, foi necessário mostrar-se contrário ao nepotismo arraigado no Estado frente à população, que, descrente, acaba sendo a maior culpada pela prática, sempre em busca de um "favorzinho a mais".
Ademais, não é exatamente aí que está toda deficiência financeira do Estado, muito menos sua resolução, que depende mais de respeito, não apenas dos governantes para com a população, mas dos cidadãos em geral para com eles próprios, corrompendo menos e fazendo mais sua parte.

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