quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Nova Eleição?

O governador da Paraíba vive momentos difíceis para manutenção de sua governança. A seqüência indesejável de fatos que presenciamos esta semana não teve outro efeito primário senão a redução da governabilidade no início de seu mandato.
É comum que os membros do executivo recém-eleitos desfrutem de excesso de governabilidade e que, com o desgaste natural de todo governo, esse poder se reduza. No entanto, vivemos na paraíba um momento distinto, o governo já começa com forte crise financeira (diante da péssima situação fiscal e orçamentária com que o novo governo de deparou) e política (com os processos de dissolução do governo).
Focando-me na crise política, esta teve início com o anúncio de uma demissão em massa de servidores públicos em cargos de confiança, justamente aqueles que confiaram o voto. Em seguida, a crise se estendeu aos financiadores de campanha, frequentemente com relações com o estado em obras, fornecimento de materiais e serviços, devido à suspensão de praticamente todas as obras do estado.
Com o Ministério Público Eleitoral entrando em cena, esses financiadores vivem momentos de aflição. Essa aflição é provocada por várias razões, seja por obterem vantagens ilícitas dentro do governo, seja pela possibilidade de mudanças de prioridades com a instalação de um novo governo. Por exemplo, a prioridade de construção de casas populares pode ser trocada pela ampliação do acesso à saúde de qualidade, desta forma, os construtores de casas perderiam, fato que os leva a investir, de forma lícita, na campanha de um e não na de outro.
Mas o MPE resulta em complicar a eleição da presidência da Assembléia Legislativa. Quando a candidatura de Artur Cunha Lima se consolidava, o MPE jogou lama no ventilador, fotalecendo uma chapa eclética, independente ou de oposição, pois o cenário jurídico mostra que o presidente da Assembléia poderá ser governador por algum tempo e ganha ainda mais importância se houver novas eleições no estado.
Esse pirulito todos querem tirar, mas agora a oposição tem a carta na manga para eleger uma chapa centro-oposicionista. Os votos desse momento não têm preço, e se, mesmo assim, tentarem precificar, o prejuízo tende a ser maior, pois não haverá confiança e muito menos meios de pagamento.

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