terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Pelo fim da prostituição eleitoral (e todas as demais)!

Neste dia, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do Governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, sua fundamentação:
1) Não havia base legal orçamentária para execução do programa de distribuição de cheques, pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) que combate a pobreza com recursos do Fundo de Combate à Erradicação da Pobreza (Funcep).
2) Ausência de elementos comprobatórios da carência dos beneficiados.
3) Elevação dos gastos da FAC durante o período eleitoral (Seguindo informações do Tribunal de Contas da União)
4)"existiu a associação da entrega do cheque a pessoa do governador Cássio Cunha Lima, que atendia a população pessoalmente e por intermédio de cartas"
5) Algumas pessoas negaram ter recebido os referidos cheques, mas afirmaram ter recebido produtos como cadeiras de rodas e aparelhos auditivos, adquiridos com intermediação de servidores públicos.
6)Pagamentos efetivados a pessoas que não poderiam ser consideradas carentes, como é o caso do secretário-chefe da Casa Civil, João Fernandes da Silva.

Enquanto o assunto surgia na mídia, o senador Efraim Moraes considerou que “o mandato de Cássio não corre risco, a eleição do governador é a vontade soberana do povo paraibano e precisa ser reconhecida e respeitada”.
Com esta afirmação o senador Efraim está apostando na inocência do governador, ou exagerando no companheirismo. Primeiramente, para que a vontade do povo seja respeitada, os eleitores devem votar de forma autônoma e espontânea, definindo sim a maioria democrática. Mas caso haja uma sedução malévola, esta espontaneidade lhe fora retirada e ocorrera um estupro à escolha democrática.
Todos os homens estão sujeitos a cometer erros, quando existe uma necessidade maior, mesmo que o homem seja de boa índole, ele se sujeita a tarefas pouco éticas, uma delas seria a venda do voto. Mas o infrator que incitou e se aproveitou da fraqueza alheia para seu próprio benefício não deve estar isento da culpa, pois aconteceu um abuso à moral alheia.
O sujeito que teve a moral ferida por influência alheia, carregará consigo para sempre as marcas de um ato ilícito, pendendo a considerá-lo normal, numa tentativa de esconder seu erro na própria consciência.
O mesmo ocorre com as sociedades. Carregamos marcas de escolhas e atitudes erradas no passado, e, numa tentativa de escondê-lo tentamos torná-lo comum. O primeiro ato é perguntar: E quem não faz? O segundo ato está em incitar os outros para que façam o mesmo. O terceiro está em sujar a imagem dos que nunca fizeram. Desta forma, carregam-se marcas na sociedade que afetam a educação, produção e crescimento físico e mental.
Portanto precisamos de ajuda para mostrar em quem a população votou e se ela quis. Para que possamos apagar as marcas do passado sem corromper as outras pessoas e proporcionar mais selvageria.
Esperemos as investigações e não adotemos discursos simplistas e covardes. As evidências são muitas, muitas são as provas. Fçamos uma nova eleição para que a Paraíba, envergonhada, possa escolher seu governador, sem colocarmos como opção aqueles que ludibriaram e se aproveitaram da fraqueza alheia.Sem aqueles que desejam que os pais prostituam a si, aos filhos e aos amigos.

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